sábado, 23 de janeiro de 2010

O Periquito Australiano


Como ler uma caixa taxonómica
Periquito-australiano
Periquito-australiano(plumagem natural)
Periquito-australiano
(plumagem natural)
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Aves
Ordem:Psittaciformes
Família:Psittacidae
Género:Melopsittacus
Espécie:M. undulatus
Nome binomial
Melopsittacus undulatus
(Shaw, 1805)

O periquito-australiano ou periquito-comum (Melopsittacus undulatus) é uma espécie de ave psitaciforme pertencente à família Psittacidae. É um animal de estimação muito popular.

Os periquitos-australianos são aves pequenas, com uma envergadura média de 18 cm. Em cativeiro, têm uma esperança média de vida de 12 anos.[carece de fontes]

Na Natureza, o periquito-australiano ocorre nas zonas interiores da Austrália, habitando em zonas áridas. A plumagem natural da espécie é em tons de verde. As penas das costas e zona superior das asas são pretas, bordejadas a amarelo. A zona da face é amarela. O macho tem acarúncula (saliência acima do bico) azul, enquanto que a da fêmea é em tom castanho. Em cativeiro, foram desenvolvidas outras colorações artificiais, sendo as mais conhecidas em tons de azul, ou totalmente brancas. Os periquitos-australianos selvagens são menores que os criados em cativeiro.[carece de fontes]

Os periquitos-australianos: alimentam-se quase exclusivamente de sementes de gramíneas, quando em estado natural. Em cativeiro, a dieta é complementada com verduras, frutas, farinhadas e outros complementos alimentares. Verduras: chicória molhada, espinafre; frutas: banana, laranja. Recomenda-se não dar em hipótese alguma abacate e semente de maçã, pois contém substâncias nocivas para a saúde dos periquitos-australianos.[carece de fontes]

Os periquitos-australianos são uma das duas únicas espécies de aves psitaciformes verdadeiramente domesticadas pelo homem (a outra é oinseparável-de-faces-rosadas). A espécie é alvo de selecção artificial e reprodução em cativeiro desde a década de 1850. Os periquitos-australianos podem aprender a falar. A ave doméstica registada com o maior vocabulário foi um periquito-australiano chamado Puck[1].

Os periquitos ondulados como também são conhecidos apresentam uma enorme variedade de mutações do "original" verde: Verde Claro, Azul,Factor Escuro,Cinzento, Violeta, Face Amarela, Opalino, Saddleback, Spangle, Spangle Melânico,Canela,Fallow, Luitnos e Albinos, Lacewings, Diluídos, Asas Claras, Asas Cinzentas, Arco Iris, Corpos Claro, Arlequim Australiano, Rémiges Claras, Arlequim Holandês, Arlequim Dinamarquês, Amarelos e Brancos de Olhos Preto, Slate, Antracite, Face Preta, Periquitos de Poupa, O Mottle, Bicolores, Frisados, Feather Duster e algumas combinações entre as mutações.

Ficha

PERIQUITO AUSTRALIANO

O Alegre Periquito Australiano | Tagarelas | Ficha

FICHA

Alimentação:ração industrializada especial para Periquitos Australianos ou mistura de sementes na seguinte proporção - 40% de alpiste, 40% de painço, 10% de aveia, 10% de girassol (diariamente), milho verde cru (2 vezes por semana), verduras, exceto alface (em dias alternados). Para suprir o cálcio e ajudar na digestão faça um bloquinho com 50% de areia de rio, 40% de cálcio e 10% de gesso de estuque para dar a liga. Pode adicionar, se quiser, 5% de farinha de osso e farinha de ostra. Misture tudo com água até formar uma pasta. Coloque dentro de um copinho com um arame fino ao centro. Retire quando estiver seco e pendure na gaiola, de onde não deve ser retirado. Se houver filhotes, deixe à disposição comida macia, como pão molhado na água, na quantidade que o casal consome num dia, e mais verduras e milho verde.
Instalações:no caso de apenas um casal, uma gaiola (tipo argentina) com 64 cm de comprimento x 34 de altura x 30 de largura é suficiente. Já o casal padrão inglês pode ocupar uma gaiola tipo voadeira, com 70cm x 40x 30. Para a criação em colônias, o ideal é um viveiro com metragem de 3m x 1,5 x 1,5. Ele abriga até 10 casais dos comuns e 5 do padrão inglês. Para evitar fugas, faça um ambiente de entrada e saída que obriga a ave a passar por duas portas. Instale tela em todo o teto. Cubra com telhas de barro, deixando um terço do viveiro descoberto para que as aves possam tomar sol.
Reprodução:só deve começar a partir de um ano. Quando está pronta para acasalar, a carúncula da fêmea adquire cor marrom chocolate e no macho o azul se intensifica. Se a reprodução for em colônias - vários casais se acasalam no mesmo local -, use o ninho fechado de madeira para Periquito Australiano em número superior ao de casais do viveiro afim de não provocar brigas. Por esse mesmo motivo, o número de casais de um viveiro deve ser de 6 a 8, todos colocados ao mesmo tempo e com a mesma idade. Caso uma fêmea morra, é preferível não colocar outra de imediato com o macho, pois ele a agredirá. O ninho deve ser forrado com serragem. Se após o nascimento dos filhotes ele tornar-se muito úmido, troque a serragem. As fêmeas colocam até 6 ovos distribuídos a cada dia e meio. Nascem aos pares e são incubadas por volta de 18 dias. A manipulação dos filhotes é permitida e até conveniente para equilibrar as ninhadas. Quando um casal tiver apenas um filhote e o outro 5, reparta os filhotes. Eles não serão rejeitados, nem atacados. Com cerca de 30 dias de idade, os filhotes começam a comer sozinhos. Devem, então, ser separados dos pais para não atrapalhar a próxima postura da fêmea. É absolutamente necessário, após o período de criação (seis meses e três posturas), que os machos sejam separados das fêmeas. Se possível, que não se vejam. Com essa separação começa o período de descanso, de manutenção (seis meses) e você poderá escolher os casais para o próximo período de criação. Para interromper o período de criação, tiram-se os machos. As fêmeas continuam no mesmo viveiro.
Saúde:a doença mais comum, a sarna, é transmitida através de poleiros e grades de gaiola. Altamente contagiosa, espalha-se rapidamente por todo o plantel. Aparece nos pés, pernas, em volta dos olhos e do bico. A doença é facilmente tratável. O criador Nelson Kowall a trata com a pomada Emerich, feita com vaselina e enxofre em farmácia de manipulação, por farmacêutico competente, que conheça a fórmula e siga a dosagem correta. A precisão nesse caso é muito importante. Esfregue fortemente, com a ponta dos dedos, os locais afetados. O criador Juvenal Perestrelo usa uma solução de 50% de Acarsan, vendido nas farmácias, e 50% de vaselina líquida, aplicada com cotonete. Ambas as aplicações devem ser feitas três vezes, num espaço de 10 dias entre elas.
Expectativa de vida:até 12 anos.
Tira-diúvdas:COM - Centro Ornitológico Nacional, Tel. (011) 575-2672.
Para ler:The Cut of the Budgerigar, de W.Watmough, Nimrod Book Services, Liss, Hants, GU33 7PR. Inglaterra; A Criação de Periquitos e Seus Cuidados, de Ademir Eugênio Lopes, livraria Nobel S.A .

domingo, 20 de dezembro de 2009

Misturas

Alimentação.

O principal alimento dos periquitos são sementes em geral. Também apreciam frutas e legumes. Veja mais detalhadamente:

Sementes:

Painço, alpiste, sementes de girassol, sementes de milho verde, sementes de milho vermelho, grão de aveia, eu sugiro a mistura para periquitos, encontrada facilmente em casas de rações, mas sempre prestando a atenção se não há bolor, apodrecimento das sementes, ovos ou fezes de parasitas (ratos, varejeira, etc.). Você também pode fazer a sua mistura:

1º Mistura (1Kg):
300 g de alpiste
280 g de semente de milho alvo
150 g de aveia sem casca
100 g de sementes de girassol
70 g de semente de milho vermelho
70 g de semente de milho verde
30 g de níger

2º Mistura (1Kg):

500 g de alpiste
300 g de semente de milho alvo
150 g de aveia sem casca
50 g de sementes de girassol

3º Mistura (1Kg):

350 g de alpiste
300 g de semente de milho alvo ou painço branco
150 g de aveia sem casca
100 g de sementes de girassol
50 g de semente de milho vermelho ou painço vermelho
50 g de semente de milho verde ou painço verde

Adicione em cada mistura farelo de pão torrado e um pouco de sal, pois contém iodo e previne muitas doenças.

Pão Torrado:

O Pão torrado você pode servir seco ou molhado na água.

Frutas, verduras e legumes.

Frutas:

As mais comuns são:

-Maçã, mamão e banana, apesar de não apreciarem muito frutas.


*ATENÇÃO*:

Nunca sirva a fruta abacate, pois segundo os europeus contém uma substância altamente tóxica que pode ser fatal não só para periquitos como para qualquer outra ave doméstica, pois provoca parada respiratória após ingerido.

Legumes:

Os principais legumes são a cenoura e a batata, que devem ser cozidos antes de serem servidos.

Verdura:

As verduras mais comuns são:

- Almeirão, espinafre, couve, chicória, catalônia, dente-de-leão, as de cores mais escuras são as mais nutritivas

*NÃO É RECOMENDADO ALFACE, pois contem muito agrotóxicos, e também contem água em excesso, causando diarréia.

Inicio De Uma Criação Basica

O primeiro requisito é um local onde os periquitos possam criar. Pode ser um telheiro, uma garagem, uma cave, uma divisão inutilizada ou mesmo um aviário especialmente construído para o efeito. Será uma boa ideia começar num local onde exista muito espaço, ou pelo menos algum espaço que possibilite alguma expansão, o que será inevitável pois, assim que os periquitos começarem a criar o espaço começará a escassear, a não ser que seja psicologicamente muito forte! Lembre-se de que irá necessitar de gaiolas de stock e voadeiras nas quais possa manter as aves quando elas não estão a criar, e os mais novos enquanto decide com quais vai ficar.

Seria também uma boa ideia disponibilizar para as aves uma luz nocturna. As aves tendem para entrar em pânico quando são deixadas no escuro e existe um barulho ou algum flash de luz que elas não conhecem. Quando as luzes principais se apagam, deve deixar-se uma luz de baixa voltagem acesa que proporcione luz suficiente às aves sem as manter acordadas. Isto também ajuda a evitar a possibilidade de uma fêmea deixar o ninho durante a noite e depois não conseguir encontrar a entrada para o seu ninho, deixando os ovos arrefecer ou as crias morrer de frio.

Tem também de decidir se vai criar por prazer, por novas cores ou para exposições. Isto irá influenciar bastante o tipo de aves a comprar e o preço a pagar.

A maioria das pessoas começa pelo gosto das variedades de cores que pode encontrar nos periquitos. Neste caso pode adquirir as suas aves em qualquer lugar onde as possa encontrar à venda mas certifique-se de que são saudáveis. Se pretende entrar em exposições e tem uma natureza competitiva, então compre os melhores periquitos que puder a criadores com alguma reputação.

Uma sugestão para quem quer comprar pássaros de qualidade para exposições é, levar a nossa melhor ave numa gaiola e perguntar ao criador se a podemos comparar com aquela que queremos comprar. O mais provável é o criador não querer que a nossa ave entre no seu aviário, devido ao risco de infecções, mas provavelmente não se oporá a que compare as duas aves fora do aviário. É muito fácil deixar-se levar num aviário de outra pessoa e, quando chegamos a casa, descobrimos que já temos aves melhores que aquela que acabamos de comprar. Se procurar por um parceiro(a) para uma ave em particular, então leve-a consigo, de forma a poder verificar se a sua escolha se adequa para essa ave em particular.

Seja qual for o motivo pelo qual pretende começar a criar periquitos, três casais serão um bom começo. Dar-lhe-ão alguma experiência de criação sem que tenha de ter muito trabalho. Terá tempo para conhecer as suas aves, o seu comportamento e as suas necessidades.

Certifique-se de que as aves estão em condições para criar antes de as encasalar. Isto significa que elas deverão ser activas, as fêmeas deverão cantar e roer tudo o que vêem e os machos deverão chamar-se e alimentar-se uns aos outros. Normalmente, a cera dos machos torna-se num azul mais brilhante enquanto que a das fêmeas fica ligeiramente mais castanha. Isto nem sempre se verifica pois, em algumas fêmeas a cera parece nunca variar mas mesmo assim criam bem.

Será também uma boa ideia separar os machos das fêmeas algumas semanas antes do momento em que deseja que comecem a criar. Durante este tempo deve preparar as gaiolas nas quais os casais irão criar. As gaiolas completamente em metal são mais fáceis de limpar e ajudam a evitar os parasitas, não lhes dando nenhum local para se alojarem. Outra vantagem é que a fertilidade aumenta uma vez que os periquitos são aves de bando e que criam melhor em comunidade, assim, sendo as gaiolas todas em metal, as aves podem ver-se e têm uma ideia de colónia. Outra possibilidade é a criação em colónia. Se esta for a sua decisão, deverá então colocar no aviário pelo menos dois ninhos por cada fêmea de forma a evitar as lutas quando elas decidem todas querer o mesmo ninho!

Se preferir também pode utilizar material de madeira ou de plástico, de forma a facilitar a limpeza, com frentes de metal. Irá necessitar também de ninhos ou no chão da gaiola ou suspenso no exterior da mesma. Normalmente os ninhos suspensos são colocados numa das portas da gaiola. Pode também utilizar uma pequena camada de serradura no fundo do ninho (mas atenção, utilizar apenas serradura de pinho pois outras podem ser tóxicas, nomeadamente de madeiras exóticas) que ajuda a absorver as fezes das aves contribuindo para uma maior higiene e previne também que os ovos rolem no fundo do ninho sempre que a fêmea entra e sai.

De forma a prevenir infecções de parasitas, uma vez nascidas as crias deve limpar os ninhos regularmente (uma vez por semana por exemplo) e pulverizá-los com um insecticida próprio para aves (durante esta operação deve retirar as crias do ninho).

Se pretender assegurar que todos os ovos serão fertilizados poderá ser uma boa ideia aparar as penas (ou mesmo arrancá-las) quer do macho quer da fêmea na zona do ventre antes de os juntar na gaiola de criação e poderá fazê-lo também entre cada postura. No caso de estar a contar com alguma destas aves para alguma das primeiras exposições da época, deverá considerar bem este facto pelo que as pelas levarão bastante tempo a crescer novamente. Após formar o casal poderá esperar 21 dias para ver se produzem ovos. Se neste espaço de tempo não puserem nenhum ovo poderá separar o casal e tentar parceiros diferentes ou colocar os dois nas gaiolas de vôo durante algumas semanas antes de voltar a tentar juntá-los novamente. Na maior parte dos casos as fêmeas começam a pôr após 10-12 dias. A fêmea põe um ovo de dois em dois dias até finalizar a postura, que pode variar entre 3 e 9 ovos. Os ovos levam 18 dias a eclodir e, se todos foram fertilizados, as crias eclodirão de 2 em 2 dias. É possível também em alguns casos que o primeiro ovo demore mais que 18 dias a eclodir.

As aves irão necessitar de nutrientes extra durante o período em que alimentam as crias pelo que, deverá colocar à disposição das aves papa de criação além de também poder adicionar um tónico vitamínico na água da bebida.